quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Dos aprendizados afins, ventania!

E lá no meio da mata vem meu juntó Pai Oxóssi... Okê!
Com a força das matas ele ajuda seus filhos... Arô!
O meu juntó já foi caça e hoje é o caçador!

Okê Arô!

Pé de vento, com gosto de estrada, com cor de barro amassado, com cheiro de mato molhado, com sede de vida... Na malemolência do sorriso de cada dia, meu juntó me ensina! Okê Arô!!!



sábado, 9 de março de 2013

Por gentileza

Ah, minha opinião eu não vendo não! Tal qual não lhe vendo minha alma - artigo mais abissal de acordo com o léxico que conhecemos. Posso não te apresentá-la, a minha opinião, mas tal qual minha sombra iluminada ela está entranhada em meu olhos, em meus lábios serrados e taciturnos, em minha negra mesticidade, em minha multiplicidade, em meu senso de justiça, em minha essência... Em meu respeito, que ontem era a palavra da vez, ou melhor, que deveria ser de todas as vezes! É que a palavra a ser pronunciada em alto e bom tom é justiça – essa que no meu léxico interior é sinônimo de felicidade. Caminhar é aprender um tanto, há que se sorrir na luta mesmo quando só se pode rir por dentro – olha a profundidade aí de novo.  Agora, mais superficialmente falando, a palavra da vez é verdade e meu osso esterno – aquele que sustenta as costelas e a clavícula formando a caixa torácica que protege o coração, os pulmões e os grandes vasos – dói quando os princípios mais relevantes fogem da livre sinceridade. Risos!!! Na verdade peço desculpas, pois o esterno não tem nada de superficial. Sendo o mais transparente possível, esse texto é um arroto muito arraigado e eu o liberto aqui. Tudo é muito e só nos resta a compaixão – artigo raro tão profundo quanto a alma. Aahhh, minha opinião é minha voz e mesmo muda ela reverbera! É como escreveu o Sr. BB, vulgo Bertolt Brecht, "Minha opinião é o único luxo que tenho." Silêncio?! [ponto final]




quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Experimentando cerejas

Ficou uma melodia entranhada...
É que o céu é grande demais e ele sabe que quero ir.
O peito ficou carregado de saudade...
É que ele me vê, me lê por inteiro e sabe do meu voo.
Tudo é tão raro e tão abissal que me aprumo e mostro minha verdade.
Do meu sonho eu quem sei, mas tenho mãos dadas para a caminhada.
O mundo girou tão rápido que me deu vertigem, enjoei sem parar de caminhar.
Subi nas pedras, deitei nas águas, estremeci com tanta altura, deixei o sol cuidar de mim.
Dancei com a música que me veio, dei e recebi tantas cores, gargalhei com a roda e agradeci.
Sobretudo, me amei tanto que me encontrei e pude ver amor em tanta gente.
Bebemos do brinde, comemos das frutas – todo o sangue, toda a vida – sem temer.
A minha lida é sorrir enquanto tomo chá de coragem e esquento o peito.
Mesmo sem asas, eu voo por aí.
Não sei ser outra pessoa, não nesta vida. Não nesta sina.
Tentei ficar quietinha, mas não deixaram, fui convocada três vezes.
Precisava ouvir a mesma coisa dita com palavras de sabedoria, força e vitalidade. Precisava ouvir a mesma coisa dita com palavras de humildade, intensidade e leveza. Precisava ouvir a mesma coisa dita com palavras de amor, paixão e ternura.
Ouvi a voz de todos eles, estou bem: “Sorria com seu coração de menina”!
Acordo e piso firme no chão: “O dia de hoje vai e há de ser melhor”!